A marca sueca Volvo está a ir mais longe: transformar a gasolina em hidrogénio para tornar os carros elétricos
mais eficientes. Acontece que os motores de combustão interna convertem
somente um terço da energia armazenada na gasolina ou no gasóleo em
força utilizável. O resto é desperdiçado em calor, ruído, ou até em
parte não-queimada.
Levanta-se então o problema para os
técnicos que estudam formas de aumentar o raio de acção dos veículos
elétricos: como é que o combustível no depósito pode ser usado com mais
eficácia para fornecer energia aos motores elétricos quando as
baterias ficam vazias? A Volvo empenhou-se em dar uma resposta cabal na
transformação da gasolina em hidrogénio para alimentar uma célula de
combustível que gera eletricidade a um nível muito superior.
Até aqui está tudo certo mas surge logo
outra questão que é a de se tornar necessário abrir dezenas de milhares
de novos postos de abastecimento em todos os países e até mundialmente
para permitir que os automobilistas possam circular continuamente.
Segundo a Volvo, de
acordo com o seu conceito, os automobilistas só deveriam preocupar-se em
encher o depósito com combustível como o faziam num carro normal.
Sucede que o sistema de moléculas de carbono da gasolina apresenta-se de
forma diferente de quando este combustível é vaporizado no ar e,
depois, incendiado.
O hidrogénio é uma parte intermediária num muito mais eficiente processo. A Volvo diz que derivar o hidrogénio da gasolina
pode dar uma eficiência de mais de 85%, mais ou menos três vezes melhor
do que usar a mesma quantidade de energia num motor de combustão
interna, mesmo aqueles que carregam os geradores como no carro elétrico Chevrolet Volt que utiliza um motor de 1.4 litros para gerar 55 quilovátios no motor elétrico.
A Volvo estabeleceu estas pesquisas com o
objectivo de, em 2012, poder começar a produzir alguns protótipos para
testes de estrada.
A ideia é adaptar o sistema a uma grande
variedade de combustíveis líquidos como o diesel, etanol, ou até mesmo
diesel sintético.
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