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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

4G com a TV aberta.

Crédito Olhar Digital.


Dizem os mais otimistas que a partir de março do ano que vem já teremos a rede 4G definitivamente funcionando no Brasil... será? O prazo coincide com o primeiro dos três grandes eventos esportivos que serão sediados no país nos próximos anos, a Copa das Confederações. Depois, em 2014, teremos a Copa do Mundo e, em 2016, a Olimpíada do Rio de Janeiro.
O 4G – banda larga para dispositivos móveis teoricamente no mínimo 20 vezes mais rápida que o 3G – é tecnologia fundamental para o sucesso dessas oportunidades no Brasil. Se você usa o 3G hoje em dia, sabe que ele oferece no velocidade de no máximo 1 mega para sua navegação. Com o 4G, essa velocidade sobe para 20 mega.
A principal discussão agora está em torno da faixa de radiofrequência adotada por aqui. Para entender: qualquer transmissão de rádio, televisão ou celular se propaga em ondas pelo ar. E cada tipo de transmissão ocupa um espaço determinado. Imagine que o espaço seja dividido em frequências. Só para ilustrar: imagine que cada frequência é uma avenida. Só que essas avenidas não são identificadas por nomes, e sim por números.

Assim, temos, por exemplo, a avenida dos 700 megahertz, a avenida dos 2,1 gigahertz e a avenida dos 2,5 gigahertz. Na primeira avenida, dos 700 megahertz, trafegam hoje os sinais da TV analógica. Na segunda, dos 2,1 gigahertz, transita hoje uma parte do 3G. E a avenida – ou a frequência – dos 2,5 gigahertz foi reservada para as futuras transmissões do 4G.

"O uso do 4G no 2,5 GHz vai ser um sucesso. Sabemos que será um sucesso pelo resultado que tivemos neste leilão. Em um mundo em crise, o leilão do Brasil no 4G em 2,5 GHz, arrecadou R$ 6 a R$ 7 bilhões", comentou Marcelo Zuffo, professor da escola politécnica USP.
O padrão dos 2,5 gigahertz foi amplamente adotado na Europa e Oceania, mas por lá ainda são poucos países operando com 4G. O que se discute agora é o uso da faixa dos 700 megahertz, frequência amplamente adotada nos Estados Unidos, onde o 4G já é uma realidade.
Hoje, a faixa dos 700 megahertz no Brasil é ocupada pela TV analógica, que, de acordo com os planos do governo, será extinta até 2016 – pelo menos nas capitais onde já existe sinal de TV digital. Por outro lado, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão afirmou que a licitação da faixa de 700 megahertz poderá prejudicar a maioria da população, uma vez que quase todos os domicílios do país contam com a TV aberta. Ou seja, está definitivamente instaurada uma disputa por essa faixa de frequência.

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